Películas escuras não refletivas
As películas de controle solar mais utilizadas no Brasil são as películas escuras não refletivas. Essas películas são usadas principalmente para escurecer os vidros, proporcionando privacidade aos ocupantes do veículo. Em função do escurecimento dos vidros, essas películas também proporcionam uma certa redução de calor, pois reduzindo a luz visível transmitida, reduz-se uma parte do calor transmitido para o interior do veículo. Lembrando que a energia solar ou o calor solar, é formado por 44% da luz visível, 53% do infravermelho e 3% da radiação ultra violeta (UV). É por isso que, escurecendo os vidros, reduz-se o calor transmitido para dentro do veículo.
Existem outras películas com processos de fabricação mais complexos que reduzem uma maior quantidade de calor por reduzirem também o infravermelho para o interior do veículo. Esses processos podem ser a metalização, o bombardeamento eletrônico ou a utilização de nano-películas de cerâmicas.
As películas escuras não refletivas utilizam corantes ou pigmentos para obter a cor e tonalidade desejada da película e podem ser obtidas por 4 processos principais:
1- Tintadas (Glue Dyed on mounting adhesive);
2- Tintas encapsuladas (Glue Dyed on laminating adhesive);
3- Chipadas (Chip Dyed);
4- Pigmentação em profundidade (Deep Dyed).
Películas Tintadas
As películas tintadas são aquelas que os corantes ou pigmentos são colocados na cola ou no adesivo. As mais comuns e mais baratas, os corantes ou pigmentos são colocados diretamente no adesivo de instalação. Essas películas têm uma durabilidade muito baixa e perdem a cor rapidamente, ficando mais claras, além de mudarem de cor, podendo tornar-se roxas ou marrons. Essas películas são fabricadas principalmente na China, Coreia do Sul e Taiwan.
Películas Tintadas Encapsuladas
Nas películas tintadas encapsulada, os corantes estão no adesivo de laminação, utilizado para unir duas camadas de poliéster. O adesivo de instalação não é colorido, o que dificulta um pouco a identificação do processo de fabricação dessas películas. Essas películas também perdem a cor rapidamente e normalmente são um pouco mais grossas.
Películas Chipadas
As películas chipadas atualmente são chamadas de profissional na maioria do mercado brasileiro pelos corantes ou pigmentos estarem diretamente no poliéster e não na cola do adesivo. Porém nas películas chipadas, os corantes ou adesivos são misturados ao poliéster no momento de extrusão do poliéster quando fabricado.
Em películas chipadas mais escuras é possível observar algumas manchas provenientes de uma melhor dispersão dos corantes ou pigmentos pelo poliéster. Essas manchas ficam ainda mais nítidas com o passar do tempo, à medida em que os corantes ou pigmentos perdem sua intensidade.
Essas películas normalmente são fabricadas na Coreia do Sul e China e passaram a ser produzidas em larga escala a partir do início dos anos 2000. As películas chipadas apresentam uma maior durabilidade que as películas tintadas, porém apresentam uma durabilidade inferior às películas pigmentadas em profundidade.
Películas Pigmentadas em Profundidade
As películas pigmentadas em profundidade foram as primeiras películas chamadas de profissinal e são criadas através de um processo de pigmentação de um filme de poliéster transparente, passando-o por um banho químico com corantes ou pigmentos e em alguns produtos que aborvem a radiação ultra violeta. A pigmentação em profundidade proporciona uma distribuição mais homogênea do corante, com menores variações de tonalidade ao longo da película.
O processo de pigmentação em profundidade é patenteado e as películas são produzidas somente nos EUA e Índia.
As películas pigmentadas em profundidade têm uma durabilidade superior às películas chipadas. Os corantes utilizados nas películas pigmentadas evoluíram com o passar dos anos. Atualmente alguns fabricantes estão na quarta geração de corantes, que possuem alta resistência à mudança da coloração.
As cores das películas geralmente são obtidas através da combinação de 3 cores primárias, o azul, o verlho e o amarelo. Esses corantes degradam-se em velocidades diferentes.
Nos primeiros corantes utilizados, o corante amarelo era o primeiro a se descolorir, sobrando as cores azul e vermelho que quando combinados, formam a cor roxa.
Conclusão
Com o desenvolvimento dos corantes, o corante amarelo passou a apresentar uma maior durabilidade e o corante azul passou a degradar-se primeiro. Assim, permaneciam nas películas os corantes vermelho e amarelo que combinados apresentam uma coloração marrom. Algumas películas chipadas apresentam essa coloração após 2 anos de exposição intensa ao sol.
As matérias-primas utilizadas em cada processo refletem o custo do produto final. Quanto maior a durabilidade, maior o valor deste produto, portanto não existe milagre. Uma película com um preço baixo terá uma menor durabilidade.